A Semana de Pesquisa da instituição acontece desde 1998 e reúne mais de 300 projetos desenvolvidos por estudantes de graduação e pós-graduação
Como a pesquisa científica e a inovação nas universidades pode contribuir para a preservação do meio ambiente e o enfrentamento das mudanças climáticas? Este é um dos temas que vêm sendo tratados ao longo da Semana de Pesquisa da Universidade Tiradentes (Sempesq 2025), que está sendo realizada até esta sexta-feira, 7, no campus da Unit em Aracaju. Ao todo, ele reúne cerca de 300 resumos de projetos de pesquisa submetidos para apresentação, incluindo os de iniciação científica e de inovação tecnológica, desenvolvidos por alunos de graduação da Unit.
Outros 50 projetos de pesquisa estarão em dois eventos simultâneos que acontecem dentro do âmbito da Sempesq: a Mostra de Divulgação Científica, na qual os alunos de mestrado e doutorado apresentam seus trabalhos com linguagem acessível e recursos gráficos, e o 3º Workshop de Empreendedorismo e Inovação, dedicado a iniciativas de inovação científica e tecnológica, e cujos trabalhos irão concorrer ao I Prêmio de Inovação Tiradentes. Mais de 600 participantes irão acompanhar as apresentações ao longo da Sempesq, que é realizada pela Unit desde 1998 e está em sua 27ª edição.
O tema da Sempesq deste ano, Ciência, Água e Vida: Inovação para transformar o clima de amanhã, está alinhado com a abordagem proposta pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida nacionalmente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Realizada no fim do mês passado, ela trouxe o tema Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no Meu Território. Segundo a coordenadora de Pesquisa da Unit, professora Adriana Karla de Lima, o tema Ciência, Água e Vida foi definido para mostrar pesquisas da Unit relacionadas ao tema, que demonstrem como podemos contribuir com o clima do nosso futuro.
“Eu acredito que existe muita correlação dessa temática com os nossos trabalhos científicos aqui na universidade, tanto de iniciação científica quanto os trabalhos que são desenvolvidos nos nossos programas de pós-graduação em nível stricto sensu. A Sempesq é um momento no ano em que a gente presta conta à sociedade e as agências de fomento envolvidas, mostrando os resultados das pesquisas que são realizadas sempre no ano anterior. Os alunos vão participar dos seminários de iniciação e mostrar que foi que ele conseguiu de resultado. Claro que ele é um iniciante na ciência e a gente tenta sempre estimular o iniciante, porque ele vai ser o pesquisador do futuro”, afirma Adriana.
“A água é o transversal que passa por toda a pesquisa, da área da saúde quanto da engenharia, e faz com que ela seja a principal matéria-prima da vida mesmo. Sem ela, a gente não consegue fazer nenhuma transformação. Então, isso faz com que ela esteja inserida em todas as nossas pesquisas. A Sempesq faz com que os nossos alunos de iniciação científica desenvolvam várias habilidades, além do conhecimento, fazendo com que ele tenha uma formação mais completa e consiga avançar no mercado de trabalho com uma visão muito melhor de como ele vai atuar”, acrescenta a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Unit, professora Patrícia Severino.
Para a professora Alana Vasconcelos, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPED) da Unit e consultora especial de Assuntos Governamentais da Prefeitura de Aracaju, o tema da Sempesq 2025 trata sobre algo urgente e inclusive é pauta da COP30, que acontecerá ao longo deste mês em Belém (PA). “Quando a Unit traz um tema como ciência, água e vida, ela chama a atenção da nossa comunidade externa, tanto interna como externa, a universidade, que a gente precisa cada vez mais dialogar e criar aí, de fato, uma corresponsabilidade para que a vida do planeta possa existir dentro da sustentabilidade”, considerou.
Divulgando resultados
Ao abrir oficialmente a Sempesq, em solenidade oficial na noite desta segunda-feira, 3, o diretor acadêmico da Unit, professor Marcos Wandir Nery Lobão, destacou a importância do evento para a formação de novos pesquisadores e a divulgação, para o grande público, dos estudos científicos realizados no âmbito da universidade. “É o grande momento de mostrar os resultados da iniciação científica, da iniciação tecnológica, dos projetos que duram um ano e envolveram alunos bolsistas e voluntários. O aluno vai poder divulgar isso para os outros colegas, para o curso e também para as nossas comissões de avaliação que vêm para cá avaliar esses projetos. Mas eu diria que também é o despertar para os novos alunos, para quem não está ainda com esse bichinho da pesquisa impregnado”, afirma.
A palestra de abertura foi ministrada pelo professor e pesquisador Jailson Bittencourt de Andrade, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro Universitário Senai Cimatec, em Salvador (BA). Ele falou sobre a relação entre educação e ciência básica como pilares do desenvolvimento sustentável, ressaltando o papel das universidades como espaços de fortalecimento da ciência e da inovação. “O sistema educacional, em especial o universitário, precisa ser muito bem amparado para que possa acolher o novo. Sem um acolhimento e sem um financiamento adequado, você não consegue a inovação. Outro movimento é a gestão do sistema universitário, e da educação como um todo, assumir que um país só se torna soberano e independente com a sua população bem educada e discutindo hoje o que vai acontecer amanhã. Sem esquecer o passado, é claro, mas tem que estar com os pés no presente e olhando o futuro”, destacou Jailson.
Na oportunidade, também foi realizada uma apresentação do Tiradentes TechPark (TTP), futuro parque tecnológico do Grupo Tiradentes, que será implantado em breve no Bloco B do Campus Farolândia, a partir da parceria entre a Unit, o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), o Tiradentes Innovation Center (TIC), a Agência Sergipe de Desenvolvimento (Desenvolve-SE) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SE). O projeto de implementação conta ainda com o financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Autor: Gabriel Damásio
Fonte: Asscom Unit



