Na tarde desta terça-feira (07), a deputada estadual Linda Brasil (Psol) esteve na Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS) para uma reunião com o magnífico reitor, professor André Maurício, empossado oficialmente no mesmo dia. A visita, além de um gesto de congratulação pela nomeação do reitor e da vice-reitora, Silvana Bretas, foi marcada por importantes diálogos em defesa da inclusão e da diversidade na universidade.

A principal pauta debatida foi a implementação das cotas trans na UFS, política pública de ação afirmativa que já é realidade em outras instituições federais de ensino superior no país. Para a deputada, a adoção dessa medida representa não apenas o direito de acesso da população trans ao ensino superior, mas também um passo fundamental para garantir a permanência e a dignidade dessas pessoas dentro do ambiente universitário.

“Sabemos da importância de ações afirmativas como essa, que vão muito além do ingresso. Elas promovem a transformação da realidade vivida por pessoas trans, marcada por exclusão, vulnerabilidade e violação de direitos. A universidade precisa ser plural, acolhedora e refletir a diversidade da nossa sociedade”, afirmou Linda.

Outro ponto discutido foi a possibilidade da criação de um núcleo do Ambulatório Trans no Hospital Universitário, em Aracaju. A iniciativa tem o objetivo de ampliar o acesso da população trans da Grande Aracaju a serviços de saúde especializados, reconhecendo a necessidade de descentralizar e ampliar o cuidado à saúde integral dessa população.

O reitor André Maurício se mostrou aberto ao diálogo e destacou que a universidade já está em contato com outras instituições que adotaram cotas trans, como a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Segundo ele, a expectativa é apresentar uma proposta de resolução até o próximo mês para ser debatida nos Conselhos Superiores da UFS, com possibilidade de implementação já no próximo vestibular.

Sobre o ambulatório, o reitor também demonstrou compromisso. “Vamos dialogar com a equipe do campus de Lagarto, onde o serviço já existe, para entender o funcionamento e garantir que ele também possa ser uma realidade em Aracaju”, assegurou o magnífico reitor.

Para além das pautas específicas da população trans, Linda Brasil destacou a importância de se pensar políticas públicas afirmativas que contemplem outros grupos historicamente marginalizados, como pessoas negras, quilombolas, indígenas e integrantes de comunidades tradicionais. “Queremos uma universidade que garanta o acesso, mas também promova permanência com qualidade, incentivo à pesquisa e à participação nos projetos, para que essas pessoas tenham seus direitos assegurados”, defendeu Linda.

A reunião foi considerada pela parlamentar como extremamente produtiva e representa um passo concreto rumo a uma UFS mais inclusiva, democrática e comprometida com os direitos humanos.

Foto: Divulgação Ascom